Rumo a Jerusalém...

Assis - Itália

Assis - Itália

sábado, 16 de janeiro de 2016

IGREJA DE SANTO ANTÔNIO EM LISBOA




Em 2011 tive a graça de conhecer a Igreja de Santo Antônio, em Lisboa/Portugal. Lá estou eu, na foto acima, defronte do nicho com a imagem do santo. Segundo a tradição, a Igreja foi construída no lugar onde antes era a casa dos pais de Santo Antonio. É um lugar muito visitado por peregrinos do mundo inteiro. Ele é muito venerado e amado pelos fiéis católicos.

Santo Antônio de Lisboa, rogai por nós!

domingo, 10 de janeiro de 2016

UM CANTINHO DEDICADO A APARECIDA


Com Fátima Brito

Olha só quem encontramos aqui! Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil. Num cantinho, ao lado da capelinha das aparições no santuário de Fátima, uma homenagem aos 300 anos da aparição e da devoção de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, no Brasil, mesmo  ano em que se comemora os cem anos das aparições de Nossa Senhora em Fátima, Portugal. Uma bela homenagem!

Nossa  Senhora Aparecida, rogai por nós!

CAPELINHA DAS APARIÇÕES, FÁTIMA


Com Fátima Brito


Aqui é a Capelinha das  Aparições, em Fátima. Ali atrás, onde se vê a imagem de Nossa Senhora é o lugar exato onde ela aparecia, em cima de uma arvorezinha chamada carrasqueira. Um lugar de grande paz e de constante peregrinação. Neste lugar todo peregrino vem agradecer por alguma graça recebida, ou vem pedir a interceção de Nossa Senhora para que sua vida seja abençoaa e protegida por ela. É impossível ficar indiferente neste santo lugar. Todos aqui fazemos a oferta do nosso coração.

Nossa Senhora de Fátima, rogai por nós!

Beatos Jacinta e Francisco Marto, rogai por nós!

PAZ E BEM!




Este gramado fica defronte da Basílica de São Francisco, em Assis. Ao fundo vemos um pouco da cidade de Assis. Fica na parte alta da cidade, onde são Francisco morava. É uma cidade medieval. Bem diferente das que costumamos conhecer. Ruas estreitas, construções de pedra. Ladeiras. E muitas flores nas janelas. Francisco amou Assis, e no fim de sua vida proferiu uma bonita oração pela cidade amada. No gramado vemos escrito o PAX e acima o tau, símbolos franciscanos. 

PAX, para quem ainda não deduziu, significa PAZ.

PAX  ET BONUM!

Paz e bem, meu irmão!

BASÍLICA DE SÃO FRANCISCO, ASSIS



Estou diante da Basílica de São Francisco, em Assis. Era sonho meu conhecer este lugar. Apenas sonho. Que se tornou realidade. Desde os tempos do grupo de jovens que eu encantei-me pela espiritualidade de São Francisco e de santa Clara. Tive oportunidade depois de conhecer melhor, através das fontes franciscanas, e a paixão apenas aumentou. Vir aqui foi um verdadeiro presente de Deus, e de Francisco e Clara. E ter a graça de vir duas vezes foi realmente fantástico.

Esta Basílica é linda. Ela tem dois pisos e é enorme. Na parte superior repousa os restos mortais do santo, onde é constantemente venerado pelos seus seguidores e admiradores. Ali, junto ao seu túmulo também se encontram os restos mortais dos seus primeiros companheiros, seus irmãos: frei Leão, frei Masseo, frei Rufino e também frei Jacoba, sua amiga e seguidora.

Há quadros pintados por Giotto, retratando a vida e a obra do santo.

Assis foi entitulada de cidade da paz, por ter sido o berço daquele que depois de Jesus, tanto lutou pela paz entre os homens e nos deixou o seu grande exemplo.

Conhece a história de São Francisco? Não? Leia: O Irmão de Assis, de Ignácio Larranãga.

Paz e bem!

VATICANO, PRAÇA SÃO PEDRO




Esta é a Praça de São Pedro, no Vaticano. Ao fundo, a Basílica de São Pedro. Essa imagem foi da minha primeira visita, em 2011. Era cedo, e o local estava ainda calmo. Para mim foi uma eperiência ímpar conhecer este lugar. Como cristã católica, apaixonada e convicta, sempre desejei conhecer a séde da minha igreja. O lugar é lindo. Há muitos símbolos, e muitas imagens representando aqueles cristãos que ao longo da história dedicaram e até sacrificaram suas vidas em prol do evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo. A igreja é guardiã do depósito da fé. Aqui há história e arte sacra. Aqui é onde nós, peregrinos, buscamos resgatar os exemplos de santidade dos nossos irmãos que já estão na glória do nosso Deus.

NOSSA SENHORA DOS ANJOS, ASSIS



Esta é a Basílica de Nossa Senhora dos Anjos. Dentro dela encontra-se uma pequena capelinha, conhecida como a Porciúncula, que era a primeira dedicada a Nossa Senhora dos Anjos neste lugar.
Aqui São Francisco iniciou a sua Missão. Aqui é o berço do Franciscanismo. Aqui também ele morreu. São Francisco tinha verdadeiro amor e veneração por Nossa Senhora. A ela consagrou suas três ordens. É emocionante vir aqui, neste lugar, que ele tanto amou, e cuidou.

Nossa Senhora dos Anjos, rogai por nós!

São Francisco de Assis, rogai por nós!

BASÍLICA NOSSA SENHORA DE FÁTIMA, NA COVA DA IRIA



Esta é a Basílica de Nossa Senhora de Fátima, que fica no lugar da Cova da Iria. Quando de suas aparições, ela pediu aos pastorinhos que erguessem uma capela em sua homenagem, naquele lugar. A princípio foi construída uma pequena capela, e depois foi erguida esta Basílica.

Fui agraciada por duas vezes para visitar este lugar: em outubro de 2011 e em outubro de 2015.

Obrigada, Nossa Senhora de Fátima por esta graça!

VALINHOS, FATIMA


Com Ceiça, minha irmã

Aqui, neste lugar, ocorreu a quarta aparição de Nossa Senhora, em Fátima. O único lugar fora da Cova da Iria onde ela apareceu em 1917. No dia 13, as crianças foram impedidas de ir à Cova da Iria e no dia 19, quando pastoreavam neste lugar, que era propriedade dos pais de Lúcia, a virgem apareceu a eles. Foi erguida esta imagem no local da aparição. É um lugar de oração e de peregrinação. Muito bonito e bem cuidado.

Nossa Senhora de Fátima, rogai por nós!

BASÍLICA SANTO ANTÔNIO, PÁDUA



Chegamos aqui já era noite, às 18:30h. Tínhamos uma celebração marcada para as 16hs, porém, perdemos o horário, e aproveitamos o pouco tempo que nos restou para visitar a Basílica, que é linda.
Aqui, estão guardadas algumas relíquias de Santo Antônio, e seu corpo também é sepultado nesta igreja. Por trás do altar-mor, na parte superior, dentro de um recipiente bonito e transparente, está a língua de santo Antônio, que se conserva viva até hoje, desafiando a ciência. A sua língua foi a arma que usou para pregar o evangelho, converter os pecadores, convencer os hereges e louvar a Deus.

Santo Antônio, rogai por nós!

DUOMO (CATEDRAL) DE MILÃO



Aqui, onde Santo Ambrósio proferiu seus inspirados e sábios sermões que levaram tantos à conversão, inclusive Santo Agostinho. Nesta catedral, Santo Agostinho se batizou e aí estão os restos mortais de Santo Ambrósio.

sábado, 9 de janeiro de 2016

O QUE VOU LEVAR?


Um homem morreu. 
Ao se dar conta, viu que Deus se aproximava e tinha uma maleta com Ele.
E Deus disse: - Bem, filho, hora de irmos.


O homem assombrado perguntou:  - Já? Tão rápido?
Eu tinha muitos planos...


- Sinto muito, mas é o momento de sua partida.
- O que tem na maleta? Perguntou o homem.


E Deus respondeu:  - Os seus pertences!!!
- Meus pertences?  Minhas coisas, minha roupa, meu dinheiro?


Deus respondeu:  - Esses nunca foram seus, eram da terra.


- Então são as minhas recordações?
- Elas nunca foram suas, elas eram do tempo.


- Meus talentos?
- Esses não pertenciam a você, eram das circunstâncias.


- Então são meus amigos, meus familiares?
- Sinto muito, eles nunca pertenceram a você, eles eram do caminho.


- Minha mulher e meus filhos?
- Eles nunca lhe pertenceram, eram de seu coração.


- É o meu corpo. - Nunca foi seu, ele era do pó.


- Então é a minha alma. 
- Não! Essa é minha.


Então, o homem cheio de medo, tomou a maleta de Deus e ao abri-la se deu conta de que estava vazia...
Com uma lágrima de desamparo brotando em seus olhos, o homem disse:  - Nunca tive nada?


- É assim, cada um dos momentos que você viveu foram seus.  A vida é só um momento...
Um momento só seu!  Por isso, enquanto estiver no tempo, desfrute-o em sua totalidade.


Que nada do que você acredita que lhe pertence o detenha...


Viva o agora!
Viva sua vida!


E não se esqueça de SER FELIZ, é o único que realmente vale a pena! 
As coisas materiais e todo o resto pelo que você luta fica aqui.


VOCÊ NÃO LEVA NADA!


Valorize àqueles que valorizam você, não perca tempo com alguém que não tem tempo para você.


É isto que você vai levar.
(Autor Desconhecido)

MARIA! SENHORA NOSSA!




Ave Maria, cheia de graça...
Senhora Nossa, Mãe de Jesus.
Fonte de esperança, eterna luz.
A nos iluminar nesta jornada que passa.
Tu que és imaculada e pura.
Que pronunciaste sem contestação.
O Divino "sim" que abriu o teu coração.
Ao sublime: à graça, ao amor, à ternura...
Que dobraste cada uma das pontas do céu.
Transformando num manto, teu santo véu.
Que cobriu de amor a humanidade.
A ti, Rainha e intercessora do amor e do perdão.
Suplico: ouve as minhas preces, os anseios do meu coração.
Guarda-me Senhora!
Abre-me as portas do Reino da paz e da felicidade!

Autor desconhecido


DOCE É SENTIR


Doce é sentir

Em meu coração
Humildemente
Vai nascendo amor

Doce é saber
Não estou sozinho
Sou uma parte
De uma imensa vida

Que generosa
Reluz em torno a mim
Imenso dom
Do Teu amor sem fim

O céu nos deste
E as estrelas claras
Nosso irmão sol
Nossa irmã a lua

Nossa mãe terra
Com frutos, campos, flores
O fogo e o vento
O ar, a água pura

Fonte de vida
De Tua criatura

Que generosa
Reluz em torno a mim
Imenso dom
Do Teu amor sem fim

(Ziza  Fernandes)



POESIA CRISTÃ


Ó Cristo, sol de justiça,
brilhai nas trevas da mente.

Com força e luz, reparai
a criação novamente.

Dai-nos, no tempo aceitável,
um coração penitente,
que se converta e acolha
o vosso amor paciente.

A penitência transforme
tudo o que em nós há de mal.
É bem maior que o pecado
o vosso dom sem igual.

Um dia vem, vosso dia,
e tudo então refloresce.
Nós, renascidos na graça,
exultaremos em prece.

A vós, Trindade clemente,
com toda a terra adoramos,
e no perdão renovados um canto novo cantamos.

(Autor desconhecido)

MEDITAÇÃO ESPIRITUALISTA


Tempo difícil esse em que vivemos, época antiespiritualista. A existência válida, segundo ele, não é a que nos eleva, mas a que conduz à experiência das coisas materialistas: vida hiperexitada, de bulimia e vibração fortes. Escolhemos a emoção à contemplação, a dinâmica à tranquilidade, o grito ao suspiro.
Vai ficando mais e mais comum encontrar a reclamação de que esse nosso mundo está deserto, uma decepção. Não brotaria esse desencanto, justamente, do exagero e excesso, do caráter veloz e artificial de tudo? Da perda do ritmo correto dos afetos e das paixões? Paradoxal: cada vez mais sensações, cada vez mais anestesia da sensibilidade.
Nesse cenário, as práticas da vida espiritual – a antigas e consagradas – surgem como abrigo e refrigério, possibilidade de restituir um lugar ao sentimento do sagrado. Na devoção, na prece, na meditação, nas manifestações do misticismo, no contato com o mistério e a magia, em situações excepcionais que, despidas do racionalismo frio, permitem saborear o encontro com a beleza do cosmos, há na vida espiritual uma componente humano fundamental para esses dias de solidão.

A doxa atual enaltece demasiado o hemisfério cerebral esquerdo, lógico e analítico. A proposta da vida espiritual se contrapõe, equilibrando a balança. Valorizando o hemisfério direito, não permite que a intuição seja negligenciada, faculta uma importante força de descoberta e compreensão, habilitação e desenvolvimento.
Além disso, vale lembrar que a expansão da espiritualidade promove o aumento da solidariedade – outra das nossas grandes necessidades. Num contexto em que quase tudo se revela pelo exercício das funções cognitivas, o prisma místico é caminho privilegiado de ressonância íntima e ampliação da subjetividade, de incandescência enriquecedora no contato com os seres e as coisas.

É mais do que hora de entender que a música do mundo não brota apenas das teclas racionais. As notas de encanto, surpresa, êxtase, alegria, ressoam da interioridade, de uma completa consciência de si. Essas notas são afinadas pelo diapasão da vida espiritual, timbre para harmonizar nosso autoconhecimento, nossa identidade profunda, uma melhor e mais intensa relação com o prazer de existir.

(Autor Desconhecido)


EU SOU O PÃO DA VIDA


O pão nosso de cada dia nos dai hoje
teu dilecto Filho, nosso Senhor Jesus Cristo,
para que melhor possamos lembrar,
compreender e venerar
o amor que teve por nós,
e tudo o por nós disse, fez e sofreu.
«Perdoai as nossas ofensas»
por tua inexprimível misericórdia,
por virtude da Paixão do teu bem-amado Filho,
pelos méritos e intercessão da Virgem Maria
E de todos os teus santos.

«Como nós perdoamos a quem nos tem ofendido»
e o que não conseguimos perdoar plenamente
faz, Senhor, que plenamente perdoemos;
e que por amor a Ti amemos de verdade os inimigos,
que junto a Ti consigamos interceder com sinceridade por eles;
que a ninguém paguemos o mal com o mal,
mas que procuremos a todos fazer o bem, em Ti.

«E não nos deixeis cair em tentação»,
seja ela visível ou oculta,
súbita, lancinante e contínua.

«Mas livrai-nos do mal»,
passado, presente e futuro. Amen!
 São Francisco de Assis (1182-1226), fundador da Ordem dos Frades Menores 
Paráfrase ao Pai Nosso

MORRER É VOLTAR PARA CASA


Quando a morte chega, com sua bagagem de mistérios, traz junto divergências e indagações.
Afinal, quando os olhos se fecham para a luz, o coração silencia e a respiração cessa, terá morrido junto a essência humana?
Materialistas negam a continuação da vida. Mas os espiritualistas  dizem que sim, a vida prossegue além da sepultura.
E eles têm razão. Há vida depois da morte. Vida plena, pujante, encantadora.
Prova disso? As evidências estão ao alcance de todos os que querem vê-las.
Basta olhar o rosto de um ser querido que faleceu e veremos claramente que falta algo: a alma já não mais está ali.
O Espírito deixou o corpo feito de nervos, sangue, ossos e músculos. Elevou-se para regiões diferentes, misteriosas, onde as leis que prevalecem são as criadas por Deus.
Como acreditar que somos um amontoado de células, se dentro de nós agita-se um universo de pensamentos e sensações?
Não. Nós não morreremos junto com o corpo. O organismo voltará à natureza - restituiremos à Terra os elementos que recebemos – mas o Espírito jamais terá fim.
Viveremos para sempre, em dimensões diferentes desta. Somos imortais. O sopro que nos anima não se apaga ao toque da morte.
Prova disso está nas mensagens de renovação que vemos em toda parte.
Ou você nunca notou as flores delicadas que nascem sobre as sepulturas? É a mensagem silenciosa da natureza, anunciando a continuidade da vida.
Para aquele que buscou viver com ética e amor, a morte é apenas o fim de um ciclo. A volta para casa.
Com a consciência pacificada, o coração em festa, o homem de bem, fecha os olhos do corpo físico e abre as janelas da alma.
Do outro lado da vida, a multidão de seres amados o aguarda. Pais, irmãos, filhos ou avós – não importa.
Os parentes e amigos que morreram antes estarão lá, para abraços calorosos, beijos de saudade, sorrisos de reencontro.
Nesse dia, as lágrimas podem regar o solo dos túmulos e até respingar nas flores, mas haverá felicidade para o que se foi em paz.
Ele vai descobrir um mundo novo, há muito esquecido. Descobrirá que é amado e experimentará um amor poderoso e contagiante: o amor de Deus.
Depois daquele momento em que os olhos se fecharam no corpo material, uma voz ecoará na alma que acaba de deixar a Terra.
E dirá, suave: Vem, sê bem-vindo de volta à tua casa.
A morte tem merecido considerações de toda ordem, ao longo da estada do homem sobre a Terra.
É fenômeno orgânico inevitável porque a Lei Divina prescreve que tudo quanto nasce, morre. A morte não é pois o fim, mas o momento do recomeço. Pensemos nisso.

(Autor Desconhecido).

DOCUMENTO DE ROMA


O governador da Judéia, Públios Lentulus, ao César Romano:

- Soube ó César, que desejavas informações acerca desse homem virtuoso que se chama Jesus, que o povo considera um profeta, e seus discípulos, o filho de Deus, criador do céu e da terra.
Com efeito, César, todos os dias se ouvem contar dele coisas maravilhosas.
Numa palavra, ele ressuscita os mortos e cura os enfermos.
É um homem de estatura regular, em cuja fisionomia se reflete tal doçura e tal dignidade que a gente sente obrigado a amá-lo e temê-lo ao mesmo tempo.
A sua cabeleira tem até as orelhas, a cor das nozes maduras e, daí aos ombros tingem-se de um louro claro e brilhante; divide-se uma risca ao meio, á moda nazarena.
A sua barba, da mesma cor da cabeleira, e encaracolada, não longa e também repartida ao meio.
Os seus olhos severos têm o brilho de um raio de sol; ninguém o pode olhar em face.
Quando ele acusa ou verbera, inspira o temor, mas logo se põe a chorar.
Até nos rigores é afável e benévolo.
Diz-se que nunca ninguém o viu rir, mas muitas vezes foi visto chorando.
As suas mãos são belas como seus braços, toda gente acha sua conversação agradável e sedutora.
Não é visto amiúde em público e, quando aparece, apresenta-se modestissimamente vestido.
O seu porte é muito distinto.
É belo.
Sua mãe, aliás, é a mais bela das mulheres que já se viu neste país.
Se o queres conhecer, ó César, como uma vez me escreveste, repete a tua ordem e eu te o mandarei.
Se bem que nunca houvesse estudado, esse homem conhece todas as ciências.
Anda descalço e de cabeça descoberta.
Muitos riem, quando ao longe o enxergam; desde que, porém, se encontram face a face com ele, tremem e admiram-no.
Dizem os hebreus que nunca viram um homem semelhante, nem doutrinas iguais às suas
Muitos crêem que ele seja Deus, outros afirmam que é teu inimigo, ó César.
Diz-se ainda que ele nunca desgostou ninguém, antes se esforça para fazer toda gente venturosa.


OBS. 1
Esta descrição foi traduzida de uma carta de Públius Lentulus a César Augusto, Imperador de Roma.
Públius Lentulus foi predecessor de Pôncio Pilatos como governador da Judéia, na época em que Jesus Cristo iniciou seu ministério.
O texto original encontra-se na biblioteca do Vaticano.
Comprovada sua autenticidade, tornou-se, fora da Bíblia, o documento mais importante sobre a pessoa do Senhor Jesus.

OBS. 2

Sabemos também que após a crucificação de Cristo, Públius Lentulus tornou-se seu seguidor e, juntamente com sua filha Lívia, levava a palavra de Deus aos povos da época. 

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

A PEREGRINAÇÃO, UMA "SANTA VIAGEM"


Todo o homem é um ser em caminho. Esta sua característica exprime-se e alimenta-se quer na viagem existencial de cada pessoa, que percorre um itinerário ao longo do seu tempo de vida com todas as vicissitudes que o marcam, quer nas múltiplas viagens que ela realiza pelas estradas do mundo, por necessidades e interesses vários.


Um dos motivos para a viagem é a fé. O homem põe-se ao caminho à procura de Deus ou atraído para o encontro com Ele, como diz uma inscrição na basílica de S. João de Latrão, em Roma: Tu atraíste-nos para Ti, Senhor, e inflamaste os nossos corações. Quando o peregrino parte movido pela fé, animado de verdadeiro espírito religioso, em resposta a um apelo e impulso divinos, então podemos dizer que ele faz uma “santa viagem”. Com o seu acto adora a Deus, põe-se à escuta da sua voz, manifesta o seu amor e a sua fé para com Deus e cultiva a sua espiritualidade.

Este tipo de viagem, a peregrinação religiosa, é uma constante na história da humanidade e da Igreja. É motivada pelo fascínio exercido pelos lugares santos ou pela esperança de ver satisfeito algum desejo ou aspiração pessoal, de natureza espiritual ou de outro âmbito, como, por exemplo, a saúde. Frequentemente, o peregrino leva no coração a gratidão por alguma graça alcançada ou o desejo de cumprir determinada promessa que fez a Deus ou ao santo da sua devoção.

Normalmente, os santuários são a meta das peregrinações religiosas. Eles surgem na sequência de alguma manifestação sobrenatural, como no caso de Fátima, ou resultam da iniciativa de homens fiéis, que quiseram consagrar a Deus, a Nossa Senhora ou a algum santo da sua devoção um determinado lugar, com a finalidade de aí prestar culto e invocar os favores celestes. Pelos acontecimentos e graças que neles se verificam, os santuários são memória viva da manifestação de Deus e das maravilhas que Ele ali realiza em favor dos seus fiéis; são também sinal da Sua proximidade e disponibilidade para os homens, beneficiados com os dons espirituais que recebem; tornam-se igualmente lugares de esperança para alívio e consolação das tribulações e anseios humanos.

A peregrinação, enquanto acto religioso em direcção a um lugar sagrado, constitui um memorial dos acontecimentos e graças de Deus que nele se realizaram. Torna-se, com frequência, para muitos peregrinos, experiência da presença e acção de Deus junto dos que nele confiam. E dá corpo à súplica confiante e humilde de ajuda e acção de graças mediante atitudes, gestos e palavras.   



Padre Dr. Jorge Guarda, Vigário Geral de Leiria-Fátima